O Processo Criativo sempre é um Ato Colaborativo
A forma como escolhemos viver no Mundo sempre irá impactar a nossa capacidade de criar beleza a partir dos nossos processos.
Somos quem somos, e dentro de nossas possibilidades e curiosidades, sempre existirão janelas por onde boas ideias podem ser captadas.
Algumas vezes admiramos o sucesso de determinada pessoa e queremos viver algo parecido. Tentamos dar os mesmos passos que essas pessoas deram, e dizemos que elas nos inspiram.
Mas a verdade é que o sucesso dessa pessoa provavelmente veio da coragem e confiança em suas próprias possibilidades e curiosidades, e através deste reconhecimento, naturalmente ela criou o próprio caminho, através de passos únicos.
Quando alguém nos inspira, não necessariamente precisamos tentar imitar seus passos. Podemos nos inspirar pelo brilho nos olhos e autenticidade dessa pessoa, que justo foi o que criou a nossa admiração por ela, e buscar cultivar esses estados em nós mesmos.
Ao criarmos a coragem em buscar a própria originalidade, é provável que o nosso próprio caminho se abra. Podemos nos aproximar da forma de viver de quem nos inspira, dando passos bem diferentes.
Dessa e de outras formas, o Processo Criativo sempre é um Ato Colaborativo.
Esse é um convite para abrir os olhos para as ideias que podem estar tentando nascer através de você.
Por que desenvolver um Processo Criativo?
Muitas vezes, não dizemos certas coisas nem para o nosso melhor amigo, nossos pais, ou qualquer pessoa que realmente confiamos, e essa necessidade de dizer algo pode ficar presa dentro de nós.
Mas quando desenvolvemos a nossa expressão artística, nos sentimos mais à vontade para comunicar tudo o que precisamos comunicar.
É como se a dimensão da arte fosse mais permissiva. É como se a gente confiasse mais.
É como se fosse uma outra entidade comunicando, que não nós mesmos.
E isso é sagrado.
É sempre uma colaboração
O processo criativo sempre é colaborativo, mesmo que você seja a única pessoa envolvida ativamente no processo.
As conversas, os acontecimentos, as paisagens, as músicas que ouvimos, as notícias que lemos, os livros, o vento abrindo a porta no momento exato em que certo pensamento foi pensado. O Mundo está colaborando, a todo momento, com o nosso processo criativo.
Eu não sei o quão estranho isso pode soar para você, mas é um fato que muitas vezes deixamos uma ideia passar, e um tempo depois vemos outra pessoa criando exatamente a mesma coisa que tínhamos pensado.
Ou quando não desistimos das ideias que captamos, podemos notar que outras pessoas também captaram a mesma ideia.
Os cientistas Leibniz e Newton criaram a disciplina do Cálculo na mesma época, de forma independente, em lugares distintos no Mundo.
Thomas Edison, nos EUA, e os irmãos Lumiere, na França, desenvolveram as primeiras versões do cinema, de forma independente, ao mesmo tempo.
Santos Dumont , aqui no Brasil, e os irmãos Wright, nos EUA, desenvolveram, na mesma época, máquinas voadoras mais pesadas que o ar. Ambos são considerados os pioneiros da aviação.
Nosso papel é abrir um espaço em nossas vidas, para que o nosso processo criativo possa nascer, e assim desenvolvermos a abertura para captar as ideias que estão no ar.
Qual ideia escolher? Qual semente nutrir?
As ideias têm vida própria, e me parece que elas querem vir ao mundo, mais do que o meu desejo pessoal de concretizar uma ou outra.
Abrindo mão de querer controlar as coisas e olhar para as ideias com esse olhar observador, a gente pode sentir qual ideia tem mais energia do que outra, naquele momento específico.
Também através de acontecimentos, sincronicidades, vemos que determinada ideia pode começar a aparecer em diferentes lugares e momentos do nosso dia, e eu penso ser importante desenvolver uma sensibilidade de captar essas nuances nos acontecimentos ordinários.
Isso tem menos a ver com a gente, e mais com o que precisa ser feito naquele momento.
Não é sobre perceber essas ideias sem fazer nada. Sempre em movimento, sempre lapidando as ideias. Naturalmente, uma ideia irá ganhar mais força, seja através da sua inspiração, das suas habilidades, de conversas que você tem, de sincronicidades, da sua empolgação.
Quando começamos a levar a sério o nosso Processo Criativo, me parece que uma mudança na percepção começa a acontecer. Tudo o que nos acontece parece ser o Universo comunicando e lapidando junto conosco a ideia que precisa ser colocada no Mundo naquele momento.
É menos sobre VOCÊ decidir o que precisa ser feito, e mais sobre simplesmente ir fazendo.
É sempre uma colaboração de todo o Universo para que uma ideia possa se manifestar.
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